quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

06.08.2010

~ E nesse dia, embora eu ainda não soubesse, minha vida começou a sofrer a mais significativa (e maravilhosa) reviravolta imaginável.
Parecia um dia como outro qualquer, e eu estava prestes a conhecer a guria que havia sido - a princípio - uma das possibilidades a preencher o vago cargo de baixista da minha banda. Desde as primeiras conversas online, a menina já havia dito que não rolaria. Mas nós queríamos nos conhecer. Nenhuma das duas sabe ao certo porque essa determinação, mas ela existiu.
Marcamos na bendita Pracinha do Canhão e eu pedi que ela me esperasse sentada nos degraus. Confesso, me atrasei.
Quando cheguei, vi aquela figura sentada, de casaco vermelho, com a carinha nerd mais linda que eu já havia visto. Totalmente diferente do que eu imaginava. Me aproximei um pouco incerta e, olhando pra ela, perguntei: "você é você?". Que pergunta mais cretina - eu pensei. Ela me olhou nos olhos e, sorrindo, respondeu: "Sim.".
E pronto. Me derreti num sorriso. Mais que envergonhada, comecei a tentar explicar o motivo do meu atraso, ao que ela mal respondia.
Fomos ao Stop, lugar em que eu sempre gostei de sentar e beber umas cervejas. Nosso ritual não foi muito diferente. Posso dizer que foi uma tarde à la Grilo Falante com Sininho: uma tagarela e a outra muda. Ela quase não falava. Fazer perguntas era raridade e as respostas eram praticamente monossilábicas. Lá pras tantas, um amigo meu apareceu. Eu e ele começamos a conversar, tentando volta e meia incluí-la na conversa. Ela nos olhava e eventualmente tecia algum comentário. Curtíssimo, obviamente.
As cervejas vinham, e vinham, e vinham...e eu não tardei a ficar alegrinha. Então, num belo momento, eu me dei conta da situação em que me encontrava: nossas pernas se encostavam sob a mesa, nossas mãos se tocavam e, por algum motivo bizarro, nossos rostos estavam cada vez mais próximos. Quando nos beijamos, foi surpreendente lidar com aquela sensação de um beijo tão perfeito para o meu. Sua língua, seu lábios...tudo se encaixava de uma forma que me fazia delirar.
Na hora de ir embora, entramos todos num táxi - eu, ela e meu amigo. Táxi do Jesus. Irônico, não?
Meu amigo ficou supostamente tentando distrair o taxista enquanto nos pegávamos, beijávamos, acariciávamos e excitávamos no banco de trás.
Quando ela fez menção de sair do carro, fui dominada por um ímpeto quase irresistível de segurá-la e anunciar um sequestro. Eu não podia deixá-la ir. Não queria deixá-la ir. Não parecia certo.
Mas garantimos que nos veríamos de novo.
E nos vimos.
E continuamos nos vendo.
E, mesmo depois de quase 6 meses, tenho todas aquelas mesmas sensações (e ainda outras tantas) quando ela está comigo.

E elas só fazem crescer...

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